Mãos
Fechei
a porta te jogando contra ela. Você não fez por menos e me agarrou, me puxou
pra si. Tateei até encontrar a chave e ouvir a fechadura trancando.
Sincronizada comigo, você passou uma das mãos na parede procurando onde ligar a
luz. A outra mão? Onde mais? No meu pescoço é claro, me puxando pro seu beijo
quente, e refrescante, sabor menta. Nossos pés se livraram dos chinelos.
É
um corredor estreito, não vai ser fácil você fugir de mim. Te puxo pra parede
ao lado, e te imprenso de novo, dessa vez por trás. Você mesma puxa minha
cabeça pro seu pescoço. Teu celular tá no meu bolso, te entrego.
-Dança
pra mim
Fico
dando mordidinhas no pescoço e na orelha, aumento a pressão lá embaixo também.
Você já rebola um pouquinho, aquecendo enquanto procura a playlist. Uma das
minhas mãos na sua garganta, a outra mais embaixo, entre o umbigo e a...
-Arruma
o meu cabelo
Disse
isso me olhando meio de lado. Playlist aberta, pronta pra tocar. Passei as mãos
na sua cabeça, segurei o cabelão encaracolado num rabo de cavalo, e puxei
levemente pra esquerda, em direção ao quarto. Você me entendeu bem e começou a
andar pra lá, ainda comigo colado nas suas costas, sem pressa de chegar.
Quando
saímos do corredor e chegamos no quarto em si, eu e você imediatamente
começamos a olhar pros lados, até que encontramos. Um espelho. Não tão grande
quanto gostaríamos, mas era o que tinha. Você botou o funk pra tocar, jogou o
celular na cama, e me encarou pelo espelho. Separou as pernas...
E
empinou. Sem medo de ser feliz. Puxou a cabeça pra frente, ignorando, ou
melhor, curtindo, a dor no cabelo.
Deixei que ele corresse um pouco antes de dar uma volta de segurança.
Rebolando, perfeita na batida do funk, se esfregando forte na minha calça e no
que eu trago dentro dela, sempre com uma mordidinha de canto de boca pra mim
pelo espelho.
A
música acelerou. Você aproveitou o embalo pra fazer quadradinho e ir virando,
até ficar de lado pro espelho. Quicou furiosa até a música acabar. Puxei pelo
cabelo pra você ficar em pé de novo. Deslizei pelas costas, passando por baixo
dos braços, até repousar nos seios.
-Tá
quente aqui não acha?
-Tá
mesmo, me ajuda a...
Interrompeu
a própria frase puxando a camisa pra cima, te ajudei a desembaraçar do cabelo e
joguei pro lado. A próxima música já tava tocando, mas não nos importamos
muito. Você tava com as mãos nas costas, abrindo a fivela do meu cinto, sempre
de olho no nosso perfil pelo espelho. Puxou o cinto e passou ao redor da
própria cabeça, mordendo o couro e jogando a ponta pra trás. Empurrei minha
calça pra baixo e passei o braço ao redor do seu quadril, te pressionando mais,
enquanto me livrava da calça com os pés. Você puxou uma xuxinha do bolso do
short e amarrou o cabelão com pressa, a música tava prestes a mudar de novo.
Ainda tive tempo de apertar os biquinhos duros do peito antes de você inclinar
pra frente de novo, e dar uma reboladinha circular no tempo entre a troca de
faixas.
Puxei
a correia do cinto bem apertada, você me sorriu como pôde. Um filete de baba
escorreu, você viu e gargalhou. E começou a quicar de novo no ritmo da nova
música, esfregando a bunda de baixo pra cima, tentando tirar o short só assim,
mas não rolou. Passei a mão no seu quadril e tirei o dito cujo. Você já
cansada, mas a música ainda não tinha acabado, então persistiu, mas percebi uma
queda de rendimento. Tive que intervir.
Levantei
a mão bem alto, você viu pelo espelho, e safada como é, apenas empinou mais e
ficou paradinha. Ainda destacou o lado direito da bunda, querendo ali o tapa. Claro que eu ignorei e
bati do outro lado.
-Huuuuummmmm!!!!!!
Rebolou
mais um pouco, só até a música acabar. Suor brilhando nas costas. Quando
acabou, ficou de pé e tirou o cinto da boca. Virou pra mim. Me beijou um
pouquinho, menos do que eu gostaria, e se ajoelhou. Me mordeu por cima da
cueca, antes de puxá-la pra baixo, exibindo bem a bochecha. O "efeito
mola" foi inevitável, e você sorriu pra mim quando aconteceu, pegando e
batendo de novo com ele no rosto, no ritmo da nova música. Soltou, passou os
braços ao redor das minhas pernas, e lambeu desde a base até a cabeça. Parou ali e abriu bem a boca. Peguei seu cabelo. Você olhou pra cima e disse simplesmente:
-Quero mais. Quero as duas mãos
-Quero mais. Quero as duas mãos
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