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Mostrando postagens de maio, 2018

Cintura - Pt.7 (Final)

Seu toque vai subindo sutilmente. percebo não mais o dedo, mas a mão inteira espalmada em meu corpo. Vai subindo pela minha barriga até brincar com meu seio direito. Minha respiração se acelera, ele sente isso, e fecha a mão em concha, me sentindo. E do nada, de surpresa, sem aviso, um apertão no seio esquerdo. Abro a boca, o gemido alto me veio até a garganta, mas me contenho. Fico ofegando, e percebo que a pressão em meio seio não é de uma mão. É um daqueles grampos que eu vi na mesa, e que agora está em mim. Frio, ardor, dor. E tesão, muito tesão. Ouço a espuma da poltrona voltando ao normal, porque ele se levantou. Vem atrás de mim, repousa o queixo no meu ombro, me abraça. O frio diminui, não saberia dizer se pelo calor dele, ou porque o meu começou a esquentar de novo. Do nada, mais dor. Sinto a mesma pressão no outro seio. As mãos descendo, até que param na minha cintura. Mordisca meu pescoço de novo. Respira fundo. Uma das mãos sai de mim. Dor, muita dor. Dessa vez na cabeça, e

Recordações

Estamos de frente uma pra outra, num bistrôzinho chique. A chegada já foi daquele jeito que estamos acostumadas, os garçons olhando duas vezes quando nos veem chegando de mãos dadas. É, somos um casal lindo demais. Conseguimos uma mesa bem reservada, no cantinho mais escuro, quero ficar bem a vontade, hoje é nosso dia. Deixo você fazer o pedido, você ja me conhece tão bem, sabe o que eu pediria. “Sem cebola, e mal passado”. O olhar volta pro meu, e nos damos as mãos de unhas bem feitas, as minhas brancas, as suas vermelhas, sobre a mesa. Lá embaixo, você tirou o saltinho baixo e começou a roçar minha perna. Arranho o dorso de sua mão, louca pra avançar em você, e daríamos um show aqui mesmo, pra todo mundo ver. Hoje faz um ano que namoramos. Nos encontramos no curso de arquitetura, e a iniciativa partiu de mim na época. Se eu soubesse com quem estava mexendo... Lembro que a primeira coisa que reparei em você foi um tique de sempre arrumar o cabelo pra trás da orelha esquerda. Um movime

Cintura - Pt.6

Me manda descer de seu colo com um olhar duro. Nossa sintonia é tal que ele não precisa mais falar, sei o que meu dono quer. Me ajoelho diante dele, que livra minhas mãos e meu pescoço da coleira. Para com ela diante do meu rosto. Beijo-a, essa nossa “ajudante” que acabei de conhecer, e da qual já gosto tanto. Enfia na minha boca. Vou mansinha, de  quatro, levar até a mesa. Me levanto igual uma cachorrinha mesmo, e deixo-a lá com a boca. Volto ao meu lugar, aos pés do meu dono. Com um estalar de dedos, se levanta e sai andando. Sigo-o, ainda de quatro, ansiosa, quero saber o que mais ele preparou pra mim. Entramos no banheiro. Lá dentro, a banheira tava cheia. Ele botou a mão dentro da água, e ficou satisfeito com a temperatura. Agarrou minha trança, me puxou mais perto. -Agora eu vou te fuder na sua posição certa, de quatro, como cadela que você é, e depois você vai tomar banho. Não gosto de cadela suja. Foi para trás de mim, e abriu o fecho da tira de metal. Ela caiu ao chão. Me veio

Talvez

Acordo de manhã, com uma réstia de luz entrando pelo vidro da janela, e passando por uma pequena brecha da cortina mal fechada. Sobre os lençóis revoltos, nossos corpos trocando calor. Você tá deitada no meu peito, de forma que o meu queixo tá quase colado no alto da sua cabeça adornada por belos cabelos brilhantes e bem cuidados. Mas no momento, despenteados. Nossa noite como sempre foi gostosa, e você quis descansar deitada no meu peito, onde acabou dormindo e está até agora. Pelo espelho ao nosso lado, consigo ver seu rosto, e um turbilhão de memórias me voltam. Me lembro quando te ví pela primeira vez, numa calourada da faculdade, que foi um lual numa das praias do maior rio do estado Gata, risonha, cantando junto com a galera na rodinha de violão. Até que você pediu uma música que era um lançamento novíssimo de uma banda local pequena, e ninguém da roda sabia tocar, mas eu sim. Peguei o violão, ajustamos rapidinho a altura e cantamos juntos. Passada essa música, vieram outras, o v