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Mostrando postagens de março, 2018

Cúmplice

Tô aqui olhando pro teto num quarto de hotel lembrando de você. Lembrando que estamos distantes a quase dois meses. Daqui a quatro dias iremos finalmente nos reencontrar, e isso merece uma comemoração especial. Tava pensando em fazer algo que fizemos pela última vez quando ainda éramos apenas namorados (hoje somos casados a três anos). Naquele dia a gente saiu junto pra balada, e você me liberou  pra pegar outra mulher se eu quisesse (eu havia te contado a uma semana que sou bi). Obviamente que não perdi a chance, e ela foi parar no seu ap, na sua cama, com a gente. Nos deliciamos no corpinho dela e depois a mandamos embora. Sequer lembro o nome dela, você lembra? Duvido. O tempo passou, namoramos mais um tempo, noivamos, casamos. Nunca mais fizemos isso de novo, acho que tá na hora. Mas dessa vez vamos fazer direito, nada de desconhecidas. Aquela sua amiga, a Manu, já peguei ela secando a gente. Umas olhadas tanto pra mim quanto pra você que com certeza, ali tem coisa. E ela tem um co

Cintura - Pt. 2

Senti seu hálito em minha nuca, o corpo colado no meu. O sussurro foi baixo, suave, mas o tom deixou claro que era uma ordem: -Nua Asquiesci, e comecei a puxar a manga do vestido bem ali, perto da parede. Ele enrolou a mão no meu cabelo e me puxou com força para o meio do quarto. Por um segundo parei, assustada, mas o tapa sonoro no meu rosto me acordou. E me molhou. Derrubei o vestido, tirei as alças do sutiã, e girei-o em torno do corpo para abrir o fecho. Ele me fitava com tanta intensidade que fiquei com medo estar fazendo da forma errada, da forma que não lhe agrada. Mas ele nada disse. Permaneceu de braços cruzados, me esperando terminar. Me livrei do sutiã, e desci a calcinha. -Separe as pernas, braços ao longo do corpo. Andou ao meu redor, olhando meu corpo quente. Deu três voltas, indo e vindo. Parou na minha frente, levantou meu lábios, olhando os dentes e a gengiva. Abriu minha boca, inspecionou os molares. Agarrou meu cabelo de novo. -Calada. E puxou para o alto, quase me e

Entrelaçados

Se perguntassem, nenhuma das duas saberia exatamente quando a química entre elas começou, ou o que mais atraia uma na outra, se era Vanessa que achava sexy o cabelo de cores berrantes da Andreia, ou se era Andreia que tinha gamado nos olhos azuis de Vanessa. Andreia, uma artista, além de escritora era uma pintora de traços fortes, bem de acordo com sua personalidade, havia achado em Vanessa uma garota de bem com a vida, e cujo humor ácido e sem reservas logo permitiu uma afinidade ímpar. Piadas aqui e ali, que evoluíram para indiretas de ambos os lados, a verdade é que quem entrasse no apartamento de Andreia, iria encontrá-las  se beijando no sofá, delicadamente, se experimentando, se ajustando. Cabelos nas mãos uma da outra, mantendo a proximidade do beijo. Vanessa passeia com as mãos por todo o esguio corpo de Andreia, sentindo a maciez do tecido leve da camisa, e por baixo dele a prisão do sutiã, que se normalmente indesejável, agora, com os bicos duros de excitação, se tornou insup