Cintura - Pt. 2

Senti seu hálito em minha nuca, o corpo colado no meu. O sussurro foi baixo, suave, mas o tom deixou claro que era uma ordem:

-Nua

Asquiesci, e comecei a puxar a manga do vestido bem ali, perto da parede. Ele enrolou a mão no meu cabelo e me puxou com força para o meio do quarto. Por um segundo parei, assustada, mas o tapa sonoro no meu rosto me acordou. E me molhou.

Derrubei o vestido, tirei as alças do sutiã, e girei-o em torno do corpo para abrir o fecho. Ele me fitava com tanta intensidade que fiquei com medo estar fazendo da forma errada, da forma que não lhe agrada. Mas ele nada disse. Permaneceu de braços cruzados, me esperando terminar.

Me livrei do sutiã, e desci a calcinha.

-Separe as pernas, braços ao longo do corpo.

Andou ao meu redor, olhando meu corpo quente. Deu três voltas, indo e vindo. Parou na minha frente, levantou meu lábios, olhando os dentes e a gengiva. Abriu minha boca, inspecionou os molares. Agarrou meu cabelo de novo.

-Calada.

E puxou para o alto, quase me erguendo. Trinquei os dentes, senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Até que a dor passou. Ele olhou a mão, alisou com a outra, e pareceu satisfeito.

-Cabelo forte, nenhum fio se quebrou.

Pegou o cinto que havia deixado apoiado no ombro, e enrolou a ponta da fivela na mão, dando voltas até deixar apenas a parte com os furos exposta. Olhou pra mim de novo, e apertou meu seio com a mão livre. Expremi um gemido baixo, mas a punição veio em seguida. Ele soltou o peito e me deu outro tapa na cara:

-Eu falei CALADA.

Concordei com a cabeça, cheia de culpa. Não queria desapontá-lo, subitamente a aprovação dele era tudo pra mim.

Andou de volta para minhas costas, acariciou a curva da minha cintura, e foi descendo muito devagar até minha bunda. Cravou as unhas num apertão repentino que me assustou, causando um sobressalto. Ouvi um breve sorriso, antes dele se afastar.

-Pelo visto você não consegue ficar quieta.

Senti que era uma armadilha, se eu respondesse algo iria confirmar o que ele havia dito. Fiquei bem quieta.

-Já que você não sossega, tudo bem, pode gemer, gritar, berrar a vontade. Eu não ligo.

Um silvo, do couro cortando o ar, e o cinto acertou minha bunda com muita, muita força. Gritei de dor, me contrai toda. Senti minha “menina” ficando ainda mais molhada, curtindo aquele momento.

Sua mão veio sobre a marca, gemi baixinho.

-É, você vai servir. Com adestramento forte o bastante vou te ensinar a obedecer e a ficar quieta quando eu mandar.

Largou o cinto e encheu a mão num tapa. Gritei de novo, mas menos. Ele se afastou, indo em direção a um canto escuro do quarto. Ficou lá por um pouco, e me chamou:

-Traga o cinto aqui.

Juntei do chão, e fui até lá. Quis entregar, mas ele recusou:

-Assim não. Você vai dobrar, e dar um beijo nele, em gratidão por estar me ajudando a te treinar. Você fará isso com tudo aqui.

E dando um passo para o lado, me permitiu ver a mesa que ali estava.

Sobre ela, ví duas coleiras. Uma simples, e outra bem larga, que tinha duas algemas de couro fixadas a ela. Vi também vários grampos, separados aos pares. Ele percebeu que isso era o foco da minha atenção e estendeu a mão, acariciando levemente um dos meus mamilos. Estremeci quando a compreensão me veio a mente. Voltei a observar. Tinha um chicote, tipo de jóquei, todo preto. Uma tira de couro larga, de uns trinta centímetros, com um cabo também de couro (a mão dele se espalmou em minhas costas nesse momento, e eu me arrepiei so de imaginar). Ví uma tira metálica com pontas afiadas e um fecho na ponta. A mão dele agora desceu, e acariciou minha coxa. Ví uma guia de cachorro. Essa ele não se deu ao trabalho de me explicar. Uma venda. Uma pena longa. Uma mordaça simples. Uma mordaça tipo bola. Uma outra que parecia equipamento de dentista, pois era feita pra manter a boca sempre bem aberta. Uma argola de aço inox simples, parecia perdida ali no meio. Ele me abraçou por trás e falou ao meu ouvido:

-Uso essa argola apenas quando a puta que tá comigo tem cabelo forte. Serve pra pendurar no teto, igual um porco no matadouro, e chicotear. É bem engraçado,  a cada esperneio a dor no cabelo aumenta. É meu método de adestramento preferido.

Me arrepiei de imaginar a cena, mas se era o que ele mais gostava eu ia querer fazer. Tava pensando nisso quando ele colocou a mão no entre minhas pernas, experimentando com os dedos minha umidade. Puxou meus braços para trás e me penetrou de uma vez, me fazendo gemer alto. Fez questão que eu ficasse olhando toda a mesa, enquanto me fodia mais e mais, meus gemidos preenchendo o quarto, junto com a respiração pesada dele. Isso, assim, me usa, mais, mais, mais, eu to quase...

Ele para de uma vez, saindo de mim, me deixa desesperada, preciso gozar!!!

Me puxando pelo cabelo, fala em meu ouvido:

-Você me pertence, controlo você por inteiro, até seus orgasmos, você só vai gozar quando eu deixar.

Foi me puxando em direção ao x, eu ofegante, frustrada e ao mesmo tempo muito excitada. Apoiou meu peito no x, me deixando com as costas expostas. Prendeu minhas pernas, meus braços, meu pescoço, e de propósito, eu sei que foi de propósito, ele deixou a correia do meio por último. A correia que passava na minha cintura.

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