Panetone
Época de
fim de ano, e com ele, o natal. Nessa
mesma época, ano passado, nós dois estávamos longe um do outro, e passamos a
meia-noite numa vídeo-chamada, conversando assuntos aleatórios, tentando não
pensar tanto na distância, e no quanto ela nos machucava. Dias depois, pude ler no seu blog o que você escreveu sobre aquela noite, e não posso deixar de me lembrar disso agora, que
será tudo completamente diferente.
Agora
estamos morando juntos. O primeiro natal no nosso cantinho. E por mais que isso
deixe nossos pais chateados, queremos passar esse momento apenas nós dois. Mas
isso não impede que a gente faça tudo como manda o figurino. Um chester no
forno, um arroz (com uva passa SIM) no fogão, bolas decorativas por todo o apê,
e é claro, uma árvore num canto com leds de qualidade duvidosa enrolados nela a
uma semana. Embaixo, nossos presentes já tão lá a quatro dias, aguardando a
hora certa.
Você saiu
do quarto agora, e tá elegante num terno cortado estilo slim, camisa branca com
a gola aberta, obviamente sem gravata. Perfumado. Vou até você pra roubar um
beijo, mas você me segura longe de si com a mão espalmada no meu colo.
-Negativo.
Toda suada aí, não me toque, ralé.
Nos
encaramos por um segundo antes de cair na risada. Forço a aproximação, e você
se esquiva, como que fugindo de mim. Alcanço uma almofada do sofá e jogo na sua
cara, antes de entrar no quarto, indo direto pro banheiro me arrumar.
Visto um
vestido vermelho sangue, sem nadinha por baixo, e com um corte lateral que vai
até bem alto na coxa. Cabelo solto mesmo, batom também bem vermelho. Saltão
preto. Saí do quarto, olhei o relógio da cozinha, cinco pra meia noite. Ele
tava tirando o chester do forno e pondo na mesa. Sorriu quando me viu.
-Agora
sim. Vem cá.
-Agora
quem não quer sou eu.
-Acontece
que você não vai conseguir correr com esse salto ae. É melhor facilitar as
coisas pra você mesma.
Desgraçado!
Rindo por
dentro, fui até a mesa. Ele me puxou pela cintura, e colou o nariz no meu.
Ficamos assim nos olhando.
-Sabe o
que eu quero fazer muito muito muito com você hoje?
-O quê
-Uma
coisa que você adora...
Falou
aquilo passando a mão na minha bunda, arranhando por cima do tecido. Apertei as
costelas dele por dentro do paletó.
-Que
seria...
-Tirar
fotos!!!!
Puxou o
celular do bolso da calça. Caí na risada, E começamos a posar pela casa toda,
só eu, só ele, os dois juntos, com o celular na mão, ou longe e controlado por
voz. A meia-noite veio e foi sem a gente perceber nessa brincadeira, ficamos
uns dez minutos fotografando, até que nos sentamos pra comer, sem ter trocado
um selinho sequer.
Ele
cortou pra mim, e sem seguida se serviu. Claro, não faltou vinho, e confesso que
a gente mais bebeu que comeu. Começamos na mesa e quando fomos ver, estávamos
deitados no chão da sala, bebendo direto do bico da garrafa. Meu batom todo
borrado, e não era só por causa dela...
Ele me
puxou sobre si, fazendo carinho nas minhas costas. Passei meus braços em torno
dos dele e controlei nosso beijo, sentindo a mão dele descendo, querendo
apertar minha bunda de novo. Dobrei a perna da fenda, e ele foi logo com a mão nela, pesando a mão na minha coxa. Me “vinguei”
mordendo o lábio dele.
-Ei!! É
natal, nada de vinganças!!!
-Cala a
boca.
Beijei de
novo. Ele me deu um tapa na bunda. Me ergui sobre ele, ficando sentada bem ali,
e me esfregando um pouco. Escorreguei mais pra trás e puxei pelo paletó pra ele
ficar sentado.
-Eu até
te pediria pra me levar pro quarto no colo, mas...
-Não,
melhor não. Tenho certeza que eu mal vou parar em pé.
-Engraçado,
eu devo tá muito bêbada, porque pra mim você já tá de pé.
Demos
aquela risada mole, ébria, e nos ouvir assim só nos fez rir ainda mais. Me
apoiei no sofá ao lado e consegui ficar de pé, por mais que você tivesse ME
usando de apoio pra levantar. Nos encostamos um no outro e fomos pro quarto.
Mal
pudemos chegar na cama e caímos sentados. Rimos de novo da nossa própria
situação enquanto tirávamos os calçados. Você tirou o paletó, jogou pra um lado
qualquer e caiu deitado na cama. Te acompanhei, e rastejamos juntos até os
travesseiros. Deitei de lado e te puxei, querendo conchinha, mas você não veio.
Em vez disso pôs a mão na lateral do meu vestido e começou a empurrar na
direção dos meus pés.
-Não é
por aí que sai seu tarado, é pela cabeça.
-Que seja,
só tira isso vai.
Puxei o
vestido pra cima, e passei a ver tudo vermelho enquanto o tecido passava por
mim. Resolvi dar aquela provocada de leve.
-Olha o
trabalhão...que você tá me dando...em pleno natal...é bom você me comer bem
comido...pra valer a pena...
Você
mesmo terminou de tirar meu vestido e jogou pro lado. Me virou de frente pra
sí, nós dois de lado, nos encarando. Me fez carinho no cabelo.
-Nem, eu
só queria te ver pelada mesmo.
-Você não
ouse..
Te
empurrei pra ficar de barriga pra cima. Montei em cima e me esfreguei, uma mão
lá embaixo perdida tentando abrir a calça. Você riu de mim e me ajudou, e eu
pude sentar gostoso, até a base. Dei uma rebolada e parei.
-Ué
Demos um
beijo bem gostoso, bem demorado, eu sentindo você aqui dentro. Começou a mexer
devagar, curtindo.
-Que tal
esse beijo?
-Não
tenho opinião formada, preciso de um repeteco.
Nos
beijamos de novo, agora mais forte, agressivo mesmo. Perguntei de novo:
-E então?
Se
ajeitou debaixo de mim, agarrando minha cintura bem forte. Respirei fundo,
querendo também. Tirou todo, até quase sair, e empurrou de uma vez. De novo. E
de novo. Parou.
-Acho que
vai tá melhor amanhã, depois do café. Vai tá com gosto de panetone.
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