Neve

Casa aconchegante, poltrona aconchegante. E claro, coxas aconchegantes. Sentada no colo da minha ruiva, dando beijinhos no pescoço, lhe fazendo um cafuné na nuca, por baixo do gorrinho natalino que lhe pus antes de dançar pra ela. Finalizei sentada em seu colo, onde estou a nem sei quanto tempo, só curtindo. Eu beijando o pescoço, ela me mordiscando a orelha, e com a mão dentro da minha saia vermelha, sem avançar, apenas acariciando, ameaçando. Só que eu quero mais.

Aproveito minha mão livre, e avanço por baixo do suéter dela. Encontro seu seio direito, o encaixo todo dentro da mão, e fico ali simplesmente, me aproveitando daquele calor. Ela me sorri, damos um beijinho de esquimó, seguido por um beijo de verdade, molhado, quente. Pego seu braço, puxo mais pra dentro da saia, capricho mais no beijo. Aperto o seio dentro da minha mão. Ela corresponde apertando minha coxa, a mão tão pertinho, basta avançar mais um pouco. Solto o seio, e ela relaxa a mão. Estamos nos olhando com as testas coladas. Aperto um pouquinho. Ela também. Deslizo o dedo, buscando o mamilo. A mão dela responde deslizando pra minha calcinha. Sinto o indicador dela bem ali.

Beijamos de novo. Meu polegar brinca com o mamilo. Ela me acaricia por cima da calcinha, e esse breve contato basta pra que suba um arrepio pelas costas. Fecho as pernas. Ela não vai sair nem se quiser.

A mão esquerda dela, que me segura pelo cabelo, aperta mais forte. A minha mão esquerda faz o mesmo no mamilo dela. Ganhei, ela gemeu primeiro. Sorrio, volto pro beijo. A mão dela na minha cacinha se torna mais esperta, sinto os dedos passando pela lateral. Saio do beijo, mordisco a orelha. Sussurro baixinho:

-Que tipo de investigação é essa?

Ela se limita a respirar fundo perto do meu ouvido e sorrir. O nózinho do dedo dela chegou ali, bem ali. Mexe pra cima e pra baixo. Pra um lado e outro. E agora circular. Ela me beija o pescoço, me pressiona contra si. Dou o gemido que ela quer, enquanto sinto sua boca descendo pelo meu colo.

Subitamente, tudo para. A boca se afasta. A mão se afasta. Acabei abrindo as pernas sem perceber, e ela se aproveitou disso. Pego sua mão, beijo o nó do indicador, brilhante. Beijo-a depois. Giro na poltrona, puxo suas mãos pro cinto, e sua boca pra dentro do casaco vermelho. Seguro sua cabeça com as duas mãos, empurro pro meu seio esquerdo. Ela olha pra cima por um momento antes de ceder e me dar beijinhos ali. Solto mais um gemidinho.  Já abriu meu cinto, ele caiu. Empurra o casaco pra trás, e ele cai também. Espalma as mãos nas minhas costas. Me olha de novo. Quebro o silêncio:

-Vermelho cai bem em você.

-Oi?

-Seu rosto. Tá vermelho.

Ela fica envergonhada, e agora sim, vermelha. Não consegue sustentar meu olhar e abaixa a cabeça. Levanto pelo queixo.

-Quer um beijo?

-Quero.

-Vem pegar.

Fechou as mãos na minha cintura, me obrigando a sentar de novo em suas coxas, dessa vez montada, e me beijou de novo. Empurrei o escosto da poltrona atrás dela, e ela se abriu de uma vez. Estávamos deitadas agora, eu por cima dela.

Rimos mais. Nos beijamos mais. Lá fora, o sol se punha. Seus últimos raios passando pela janela que recebia, silenciosa, os beijos de cada floco de neve.


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