Adestramento - Intimidade (Final)

    ...me puxou pra mais perto. Até seu pescoço. Subiu a mão pro meu cabelo de novo e fez mais cafuné. Correspondi lambendo ali logo abaixo da orelha. Tão perfumada. Inspirei profundamente, e percebi que ela também. Senti uma pressão no cafuné. Ela queria que eu descesse. Arrisquei um miado, e obedeci ao comando mudo. Lambi o colo, e parei no mamilo esquerdo. Olhei pra cima de novo, e ví minha senhora mordendo o lábio inferior. Mexeu um nadinha a cabeça pra direita, e não precisou de mais nada, eu entendi de imediato o que ela queria de mim.

Fui indo pro lado direito, sem parar de lamber, até ficar com a boca entre os seios. Balancei um pouco a cabeça, sentindo ambos roçando nas minhas bochechas. Isso me valeu uma gargalhada alta dela. Mas o cafuné parou, e deu lugar a um puxão de cabelo. Se levantou, levando meu cabelo junto, me obrigando a ficar de joelhos outra vez. Miei alto, reclamando.

-Shhhhh... Caladinha.

Saiu me puxando, me obrigando a andar de joelhos, a raiz do cabelo ardendo em brasa. Me levou pra perto da bolsa de novo.

-Já que você tem memória curta, eu vou te ajudar a lembrar que não deve me tocar sem permissão.

Tateou lá dentro, e achou um pedaço de metal torcido, com duas pontas revestidas de borracha. Virou aquilo na mão, e apertou. As pontas se afastaram. Soltou, e elas se uniram de novo, de uma vez. Entendi o que era. Miei alto de novo.

-Você merece, e sabe disso. Não adianta reclamar.

Ficou atrás de mim, eu ainda de joelhos. Puxou minha cabeça bem pra tŕas, me fazendo olhá-la de ponta cabeça. Desceu a mão esquerda pelo meu ombro, até pousar sobre meu seio. O nariz dela bem perto da minha testa. Brincou com o meu mamilo por um instante, e eu suspirei.

E veio a dor. Ela colocou o grampo, bem no mamilo. Acabei soltando um gritinho. A pressão ia aumentando, e ela ali parada, apreciando minhas reações. Me surpreendeu com um beijinho na testa antes de se por em pé novamente. Agarrou minha coleira pela nuca, e puxou. As dores na bunda, na cabeça e no seio se ampliaram conforme o ar me fugia. Mas segurei minhas mãos uma com a outra. Eu não ia ceder. O aperto no meu pescoço ficou mais forte. O pouco ar que passava pela minha garganta ia raspando. Fechei os olhos...

Ela soltou. Caí no chão, recuperando o ar, quase esquecida da dor no seio. Quase. Porque levantei a mão esquerda pra massagear o pescoço, e isso me fez esbarrar no grampo. Acabei gritando de dor de novo e me largando de vez no chão. Ela se abaixou do meu lado, me fez carinho suave na bochecha. Mas quando falou foi com a voz fria:

-Eu não gosto de escândalo. Mais uma gracinha dessas e eu te tiro a coleira.

Quando ia abrir a boca pra responder me contive. Foi por pouco. “Não posso falar” é o mantra que repito a mim mesmo. Dei um miado triste, e lambi seus dedos. Tudo que eu não queria era decepcionar, não mais. Ela me deu um beijinho na testa e se levantou de novo. Saiu andando pelo quarto, até se sentar na enorme cama. Abriu as pernas e bateu as mãos nas coxas.

-Vem cá!

Obedeci, sempre de quatro. Quando cheguei perto, ela me sinalizou que ficasse de costas. Me encaixei ajoelhada entre suas pernas, me vendo num espelho. Ví quando a mão dela desceu de novo pelo meu colo. Ví quando se aproximou do grampo. E ví quando tirou. Engoli um gemido. O sangue voltando a região quase me fez pedir o grampo de volta. Mas não deu tempo de pedir, porque ela o colocou no outro seio. Duas dores intensas e diferentes entre si. A mão dela pegou o seio magoado por baixo. Esticou o polegar e massageou o bico. Ofeguei de olhos fechados. Senti escorrer uma lágrima no meu rosto. Ela limpou com um beijo. Quase sorri por isso, mas ela não permitiu, porque apertou o bico, muito forte. Levantei a mão e tampei minha boca.

-Isso gatinha, se controle. Boa menina.

Miei soluçando em resposta. Baixei a mão. Ela mudou de orelha, falou do outro lado, bem baixinho, só pra mim:

-Tire o grampo. Coloque no chão.

Não estava mais doendo, já tinha adormecido. Isso ia mudar tirando o grampo. Mas ela tinha mandado. Tenho que obedecer. Pousei a mão sobre o cabo de metal e parei, reunindo coragem. Ela apertou o outro bico.

-Anda logo!

Pressionei, abrindo o grampo, e pus depressa no chão antes que a dor me fizesse largar. Agora os dois bicos doíam. Ela segurou os dois, e massageou. Mordi o lábio, suprimi minha dor. Me concentrei na respiração dela, aqui pertinho do meu ouvido. Dona Júlia me fez muito carinho, beijando minha bochecha, aliviando minha dor nos seios. Até soltou um deles pra me fazer carinho no pescoço.

Ví quando ela levantou a cabeça. Ví quando ela se arrastou pela cama, até ficar confortavelmente sentada, recostada nos travesseiros. Ví quando ela me chamou pra si com um gesto. Me virei e escalei a cama. Nos olhamos nos olhos por um momento, e ela abriu bem as pernas. Minha senhora, minha dona, finalmente me queria ali, pertinho. Em sua intimidade.


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