Cintura - Pt.4

Não sei o que dói mais: a coxa em carne viva, minhas costas ardendo de dor, meus dentes doendo da força que faço mordendo o chicote, ou minha bunda sendo golpeada sem piedade alguma por sua potente virilidade, entrando e saindo com força, com raiva, me punindo por ser tão teimosa e fraca. As mãos mantendo o aperto de aço na minha cintura, o queixo encostado no meu cabelo, na minha trança, o ar passando entredentes. Isso é que me consola e até me anima. Ele ainda está aqui, por mais fraca que eu seja, ele ainda está aqui comigo, coladinho em mim. Ainda tenho a chance de mostrar que sou bem adestrada, que sei obedecer.

As estocadas não param, fortes, ritmados, causando dor. Mas será possível? De algum jeito, um pouco da dor está se tornando em prazer. E um pouco mais. E mais um pouco. Quando dou por mim, estou ganindo fino igual a cadelinha que sou, saliva escorrendo pelo queixo, chego a babar de prazer enquanto mantenho a mordida no chicote. Uma das mãos sai da cintura e vem fazer carinho na minha bochecha. Fecho os olhos, me esfrego na mão do meu dono, aproveitando seu afeto. Até que a mão some.

E volta me estapeando. Mais um ardor no corpo, eu que já estou com tantos, agora sinto o rosto esquentar. A mão já está no meu pescoço, apertando levemente, não me sufocando, apenas mostrando quem está no controle. Jogo a bunda pra trás, tanto quanto consigo amarrada do jeito que estou, quero mais dele, preciso, tá chegando, chegando chegando...

E mais uma vez, o orgasmo me é negado.

Ele sai, bufando. Respira alto, cansado do ritmo que me impôs. Enche a mão num tapa na minha bunda, apertando, me sentindo. A surpresa do tapa não me fez soltar o chicote, pelo contrário, mordi com mais força. Eu NÃO VOU decepcionar meu dono de novo, não vou.

Percebi a presença se afastando. Uma réstia de luz, ele abriu o frigobar. Fechou. Se aproxima de novo. Um som de lacre se rompendo. Ele vem até minha frente. Bebe três longos e deliciosos goles. Percebo só agora o quando minha garganta tá seca. Se aproxima de mim com mais de meia garrafa na mão. Se eu tentar pedir, além de me mostrar fraca, vou deixar o chicote cair. Resisto. Ele da a volta de novo, ficando às minhas costas, e derrama a água bem na minha nuca. Gelada. Muito gelada. Escorre pela marca da mão dele nas costas, desce pela bunda, entrando onde ele estava a pouco, me faz arrepiar e encolher inteira. Sinto um esguicho gelado na minha menina, ele pôs água na boca e espirrou nela, nos lábios inchaços. Me contraio com esse prazer diferente, e a tira de metal na coxa não perdoa, me pune pela gracinha. Ele joga mais água nas minhas costas e se afasta mais uma vez. Ao longe, com um pouco de eco, ouço o som de uma forte ducha. Ele foi tomar banho, e me deixou aqui, deliciosamente amarrada, maravilhosamente violada, surrada, torturada, sedenta, e com seu chicote na boca quase dormente.

O som parou. Ele fechou o chuveiro. Pouco depois caminha pelo quarto, ainda bem enxugando a cabeça (de cima, a de baixo está vermelha, num membro agora meia bomba, todo esfolado depois de me sodomizar ). Joga a toalha pro lado, displicente, e vem até mim. Tira o chicote da minha boca, me permitindo fazer movimentos com o maxilar, finalmente relaxando, mas não por muito tempo. Um tapa forte me traz a tensão de volta. Ele tá olhando o chicote, onde eu deixei marcas de dente, e me da mais um tapa sem sequer olhar pra mim. Desata as correias, primeiro dos pés. Levanta, me da uma chicotada na bunda, e solta minhas mãos. Me vira, me deixando de frente pra ele, o homem que tá me tratando com eu gosto, como eu preciso, mas a quem só estou decepcionando...

Ele se afasta, sentando nu numa poltrona no canto. Me sinto super gostosa ao ver que ele já está duro de novo. Me chama com um gesto, e eu vou até ele, feliz. Quando chego perto:

-Volte. De novo. Faça direito.

Não sei o que errei, mas não posso fazer de novo, não mais, eu quero deixá-lo satisfeito. Volto e venho de novo, dessa vez olhando pro chão, as mãos para trás.

- Volte. De novo. Faça direito.

Eu to fazendo errado de novo! Não! Vou até ele outra vez, mantendo o olhar baixo, agora caprichando mais no rebolado.

-Volte. De novo. Faça direito.

Aaaaaaaahhhhhh!!! Eu sou uma inútil, nem agradar meu homem eu consigo! Voltando ao ponto de partida, vejo o chicote no chão. É isso, só pode ser! Ele quer que eu leve de volta! Coloco na boca, dessa vez delicada, não quero marcar ainda ainda, e vou até ele. Estou quase chegando, quando:

-Volte. De novo. Faça direito, cadela!

Mas o que estou errando dessa...Cadela! Ele me chamou de cadela! É isso!

Me ajoelho, fico com as mãos imitando patinhas, a língua de fora. Vejo um nada, uma nesga de aprovação no olhar dele. Me vem algo á mente. Me levanto e vou até a mesa. Pego a coleira que tem duas argolas costuradas às laterais. Vísto-a. Me ajoelho de novo. Olho-o. Agora sim. A verdadeira aprovação que preciso não está em seu rosto, e sim mais embaixo, pulsando de excitação, me desejando. Vou de quatro até ele, rebolando bastante. Chegando perto, me sento sobre as coxas e fico com as mãos em patinhas. Esfrego a cabeça a perna dele, e coloco gentilmente o chicote em seu colo. Recebo um afago no cabelo, fico tão feliz!

Ele pega o chicote e coloca de lado. E conforme eu suspeitava, as argolas da coleira são para meus pulsos. Ata-os, devagar. Sabe que a correia de aço na minha coxa tá apertando ainda mais devido à minha posição, e quer me fazer curtir a dor. Pronto. Dois pulsos presos. Me puxa pela trança até perto, muito perto.

-Sei que você tá com sede. Chupa. Seja uma boa cadela, e já já eu esguicho na sua boca. E, talvez, eu não use esse chicote que você mordeu pra marcar de roxo cada milímetro da sua cintura.

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